2010-07-24

A Fixxxer's guide to...

Antissocial não



Daqui
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A amizade homem mulher



A minha vida toda até o ano passado nunca tive amigas mulheres. De fato, eu nunca tive sequer amigos novos. Meus únicos amigos foram os primeiros amigos que fiz na infancia. É como se por milagre eu tivesse feito amigos e depois disso nunca tivesse ido atras de outros. Com exceção dos amigos casuais do dia a dia foi sempre assim.

Apartir de um época, naturalmente, comecei a me relacionar com mulheres. Começava sempre com uma amizade e no fim terminava em namoro. E os namoros iam longe. O mais curto demorou 1 ano.
O fluxo amizade -> namoro seguiu religiosamente durante bons 10 anos.

Ano passado, com o fim do grande namoro, decidi que esse negocio todo não tava me fazendo feliz. Eu não podia namorar com uma garota só porque eu era amigo dela. Ok, sempre rolava aquela atraçãozinha basica homem -> mulher. Mas a maioria dos namoros que tive não deveriam ter sido levados adiante por mais de uns 6 meses. Esse em geral era o tempo que levava pra eu saber, mesmo que inconcientemente, que aquilo não ia dar certo.

O grande problema é que namoros que deveriam estar durando alguns meses duravam anos. E quanto mais tempo se fica com uma pessoa maior é a resistencia a deixar essa pessoa, apesar de qualquer problema e insatisfação existente.

E em geral nunca foi o caso da guria ter problemas sérios que forçassem um fim pela minha parte. As moças eram excelente pessoas. Olhando pra trás eu não me arrisco a colocar defeitos em nenhuma delas.

Esse caminho todo me levou a minha condição atual: o medo da repetição. Que basicamente seria o medo de começar um namoro, não ser feliz, levar ele adiante só pra anos depois terminar com magoas e corações partidos (dos dois lados em alguns casos, mas em geral só do lado delas).

Isso me levou a estrategia de primeiro fazer amizades e deixar as coisas acontecerem sem compromisso. Ir experimentando e vendo se acho o que to procurando. Isso por si só gerou toda uma nova classe de problemas com os quais não estava habituado.

Agora o fluxo ficou assim: amizade pré romance -> romance* -> amizade pós romance
* escrevi romance porque nem sempre é um namoro oficial.

Já experimentei 2 situações na fase "romance":
- um namoro rapido oficial que terminou em poucos meses,
- uma fase mais longa onde não aconteceu um namoro oficial.

O grande problema desse modelo é o passo "romance" -> "amizade". Na transição acontecem duas coisas:
a) feedback: você tem que dizer pra garota porque quer só amizade,
b) quebra de expectativa: a garota queria uma coisa (namoro) e eu dei outra.

Nas duas experiencias que tive recentemente, a fase amizade pós romance não funcionou bem: corações partidos, recaidas, sentimentos misturados e ciumes entre os principais culpados.

Só posso concluir disso que esse modelo não funciona. Não dá pra manter uma amizade saudável com uma mulher depois que se relaciona com ela. Ou você escolhe se manter sempre na amizade, ou está disposto a deixar a pessoa depois de se relacionar com ela, pra sempre.

É sempre confortável pra parte que está terminando. A parte interessada é sempre a mais fraca. É muito comodo pra quem terminou dizer "vamos ser amigos apartir de agora". Porém pra parte fraca da relação não é tão simples. Na pratica o que a pessoa precisa é do isolamento. Se afastar da pessoa interessada e seguir sua vida. Ficar convivendo como amigo não ajuda.

Baseado nisso acho que preciso adotar um modelo mais rigido e não ficar nesse "vamos ver o que acontece". É um modelo bem mais dificil de seguir pra mim, mas muito melhor e mais justo pra parte fraca da relação. O algoritmo fica assim:

1. Amizade
2. Decidir se quer ficar na amizade ou tentar algo mais
3. Se amizade:
   4. Amigos para sempre, ou até que 3 seja reavaliado.
5. Se decidir tentar algo mais:
   6. fica
   7. Se gostou:
      8. Namora, leva a sério, se dedica e seja feliz
      9. Se não estiver mais feliz, pula para o passo 9.
   8. Senão:
      9. Termina e CORTA RELAÇÕES COM A PESSOA

A etapa dificil aqui é justamente a 9: cortar relações com a pessoa. Apartir do momento que se decide se relacionar com a pessoa não se pode mais voltar pro ponto de amizade. Ou você vai em frente ou tem que se desfazer da pessoa. Pro próprio bem dela. Seguir numa amizade leva a expectativas. E eu sei bem que expectativas não são coisas boas.
É um passo muito doloroso pra mim. Deixar uma pessoa que gosto tanto pra trás. É um passo dificil mas eu vou ter que aprender a dar.

Enfim, não se pode ter tudo, é preciso fazer escolhas. Quando se decide investir numa mulher, é preciso estar disposto a perde-la pra sempre.

2010-07-16

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Solidão, Introversão e tudo mais

Certa vez conversando com uma amiga, desabafei que "precisava duma namorada".
Em resposta ela disse "que eu não precisava de ninguém e que eu só gostava de mim mesmo".

Eu refleti por um momento e acabei concordando.
Eu cresci sozinho, fui criado sozinho. A solidão sempre foi um conforto pra mim. Um local de paz, de descanso. Introvertido.
Pros extrovertidos que não entendem, isso significa que pessoas me cansam. Mesmo. Não quer dizer que não goste delas, simplesmente me canso.
É como um esporte que você gosta muito. Eu adoro jogar futebol. Mas depois de 1h ou menos eu canso. Não quer dizer que não gosto mais. Simplesmente cansei.

Mas voltando ao assunto do namoro... Acho que é natural pra uma pessoa que foi criada assim ter isso intrincado no cerebro. Como pode uma pessoa que se sente bem sozinha conviver com outra pessoa?
Isso foi um aspecto que sempre me sufocou em qualquer relacionamento. A sensação de que a outra pessoa está tão ligada a mim que eu nunca estou sozinho. E isso é sufocante.

 Se uma pessoa se sente bem com ela mesma, sozinha, que tipo de pessoa ela vai querer pra se relacionar? Ela mesma! Ou seja, ela é a pessoa que ela mais gosta.

Resumindo, eu sou uma pessoa egoista, individualista e altamente independente.
Porém, não considero esses atributos como algo negativo. Não é que eu saia por ai fazendo mau pras pessoas, puxando o tapete, sendo mesquinho, etc. Quem me conhece sabe que não sou assim.
Acontece que simplesmente eu sinto dificuldade de me conectar com as pessoas e eu sinto uma imensa necessidade de encontrar um pedaço de mim dentro delas.

E isso tudo não é uma questão comportamental. E sim de como eu funciono. Não é como se eu pudesse fazer terapia e mudar isso. Isso é o que eu sou. Como disse um amigo: Ame ou Deixe.

E assim vou vivendo nesse eterno conflito entre o eu e o outro. Com essa imensa dificuldade em me conectar com essas pessoas eu amo, que me amam/amaram/vão amar.

Eu não acredito no amor como uma entrega absoluta, e sim como uma troca de interesses. A grande questão é o que eu preciso receber e o que estou apto a doar...

Enfim, blahblah. I need a beer.

2010-07-08

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Why diets fail

Achei esse excelente artigo nesse interessante blog sobre porque as dietas falham (psicologicamente falando).
Basicamente o artigo explica como nossos mecanismos básicos de punição e recompensa nos sabotam na hora da dieta.
Através dum mecanismo que poderia ser traduzido como "explosão de extinção", nosso cérebro, após um certo tempo privado de uma recompensa (a comida farta e gostosa), entra num surto desesperado de tentar recuperar a recompensa (uma reação extrema à extinção da recompensa).
E assim se repete pra qualquer hábito ruim que tentamos remover de nossas vidas (ou hábitos bons que tentamos introduzir).
A gente consegue remover por alguns dias, semanas ou até mesmo meses. Mas uma hora a gente se desespera e vai atrás da recompensa perdida (o prazer de comer, fumar, etc).

2010-07-05

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review: Arte & Bar

Sexta fui no tal do arte & bar. Meio sem querer. Fui naquelas de "ah, vamos num lugar tranquilo bater um papo". Acabei parando lá.

O lugar é um cubiculo. Pequeninho mesmo. O som ambiente tava bastante alto, o que pra mim tornou o lugar meio inadequado pra um "bate papo", mesmo nas horas que a banda não tava tocando.
Outro ponto negativo foram os malditos smokers. Bleh.

Como ponto positivo posso citar as cervejas importadas, que por sinal não tomei. 8 pilas numa garrafinha de 300 mL não era exatamente o que eu tava afim naquela noite. A musica é bem compativel com o meu gosto (rock internacional mais clássico) e a banda que tocou também. Também posso observar que vi um nível acima do normal de mulher bonitas.

Bom, comparando com o divina, que é meu ponto de referencia: +cigarro +opcoes-de-cerveja -adequado-pra-conversar -espaço-pra-dançar +garotas-bonitas

Era isso.